Como você costuma usar suas palavras? Você constrói pontos ou abismos? As palavras exercem um poder extraordinário em nossas vidas, saber como e quando usá-las é fundamental para que possamos nos relacionar melhor com as pessoas para construir pontes e não abismos.
Conheça agora a história de uma personagem que gostava muito de falar e ouvir a própria voz, mas não soube reconhecer os perigos ao seu redor, este texto irá nos mostrar o momento certo que devemos falar ou nos calar.
A FÁBULA DA TARTARUGA TAGARELA
Era uma vez uma tartaruga que vivia num lago com dois patos, muito seus amigos. Ela adorava a companhia deles e conversava até cansar. A tartaruga gostava muito de falar. Tinha sempre algo a dizer e gostava de se ouvir dizendo qualquer coisa.
Passaram muitos anos nessa feliz convivência, mas uma longa seca acabou por esvaziar o lago. Os dois patos viram que não podiam continuar morando ali e resolveram voar para outra região mais úmida. E foram dizer adeus à tartaruga.
– Oh, não, não me deixem! Suplicou a tartaruga. – Levem-me com vocês, senão eu morro!- Mas você não sabe voar! – disseram os patos. – Como é que vamos levá-la?- Levem-me com vocês! Eu quero ir com vocês! – gritava a tartaruga, os patos ficaram com tanta pena que, por fim, tiveram uma ideia.
Pensamos num jeito que deve dar certo – disseram – se você conseguir ficar quieta um longo tempo. Cada um de nós vai morder uma das pontas de uma vara e você morde no meio. Assim, podemos voar bem alto, levando você conosco. Mas cuidado: lembre-se de não falar! Se abrir a boca, estará perdida.
A tartaruga prometeu não dizer palavra, nem mexer a boca. Os patos trouxeram uma vara curta bem forte e morderam as pontas; a tartaruga abocanhou bem firme no meio. Então os patos alçaram voo, suavemente, e foram-se embora levando a silenciosa carga.
Quando passaram por cima das árvores, a tartaruga quis dizer: “Como estamos alto!” Mas lembrou-se de ficar quieta.Quando passaram pelo campanário da igreja, ela quis perguntar: “O que é aquilo que brilha tanto?” Mas lembrou-se a tempo de ficar calada.
Quando passaram sobre a praça da aldeia, as pessoas olharam para cima, muito espantadas.- Olhem os patos carregando uma tartaruga! – gritavam. E todos correram para ver.A tartaruga bem quis dizer: “E o que é que vocês têm com isso?” mas não disse nada.
E começou a ficar zangada; mas ficou de boca fechada. Depois, as pessoas começaram a rir: – Vocês já viram coisa mais ridícula? – zombavam.E aí a tartaruga não aguentou mais. Abriu a boca e gritou:- Fiquem quietos, seus bobalhões…! Mas, antes que terminasse, já estava caída no chão. E acabou-se a tartaruga tagarela.
SUAS PALAVRAS CONSTROEM PONTES OU ABISMO?
Existem pessoas que só falam e falam sem parar. Imagine trabalhar numa empresa em que a pessoa precisa de concentração para desempenhar um trabalho, mas seu colega não para de falar um minuto.
Há momentos que precisamos de silêncio e concentração para desempenhar melhor nossas atividades, mas nem todos conseguem entender essa dinâmica e acabam se tornando inconvenientes por falar demais.Se você for um desses faladores compulsivos, sugiro que repense na forma de se expressar e seja mais discreto.
Como você usa suas palavras, tanto ditas como escritas? Há pessoas que constroem pontes, falam bem dos filhos, do cônjuge, da família e, etc. Já os abismos são construídos na medida em que a pessoa fala mal de quem ela convive seja quem for esposa, marido, filhos, irmãos.
Todo falador é tóxico e corrompe a cabeça das pessoas, ninguém pediu opinião a ele, mas insiste em interferir onde não é chamado. Saiba usar suas palavras, você nunca terá que lidar com situações de conflitos por coisas que não disse, por isso, é importante a cautela a discrição no uso das palavras.
Entre ouvir e falar prefira ouvir, pois, na vida quem mais fala se enfraquece e quem mais ouve se fortalece. Obter o autodomínio das palavras lhe trará resultados fabulosos em suas relações interpessoais, desejo que você alcance resultados positivos com suas palavras e que as minhas descritas aqui tenha alcançado sua mente e seu coração, longos dias e belas noites!